Em virtude da crescente demanda por aplicações cada vez mais complexas, seguras e confiáveis, torna-se imprescindível para as empresas realizarem ações para controlar a qualidade dos produtos desenvolvidos e, dentre estas, encontra-se a execução de testes de software.

Apesar desta necessidade, algumas organizações ainda deixam de inserir esta importante etapa em seu processo de desenvolvimento, devido a alguns fatores limitantes, dentre os quais listaremos alguns exemplos a seguir. Acompanhe.

Querer testar tudo

Devido à alta complexidade e grande quantidade de combinações possíveis, na maioria das vezes é praticamente impossível testar todas as funcionalidades existentes em um sistema e suas variações. Desta maneira, o processo de controle da qualidade requer planejamento e atenção, devendo focar os esforços prioritariamente no que é mais crítico.

Não caia na barreira de querer “testar tudo” sem planejar. Concentre suas energias para criar um processo de teste contínuo, focado e robusto, realizando testes durante as fases de construção e aplicando técnicas para ampliar a cobertura das atividades de QA, tornando-as cada vez mais eficientes.

Encontrar todos os bugs

Existe uma máxima na área de teste a qual diz que é impossível detectar todos os bugs de um software e sempre existirá um defeito escondido em algum lugar.

Logo, como é impraticável garantir a total inexistência de erros, deve-se fazer uso de atividades que visem encontrar a maior quantidade de falhas nos sistemas, antes que estas sejam identificadas no ambiente de produção. É importante destacar que quanto mais cedo esses defeitos forem identificados e removidos, menor será o custo de correção e manutenção destes produtos.

Em se tratando de manutenção, esta operação pode ser basicamente do tipo corretiva (quando ocorrem problemas no sistema já entregue) ou evolutiva (à medida que novas funcionalidade são adicionadas ao software). Neste cenário, o teste de software auxilia ajudando a detectar erros preventivamente evitando inclusive retrabalho.

Como não é factível identificar todos os bugs, procure estratégias que possam ser implantadas para aumentar a quantidade de defeitos severos encontrados, como por exemplo, a baseada em riscos, em que produtos com riscos de maior impacto necessitam de mais investimento em testes, ao passo que sistemas com risco de menores efeitos necessitam de menos esforço empregado.

Possuir todos os recursos

Desenvolver softwares é um desafio notável levando em consideração que envolve uma série de variáveis como custo, tempo, pessoas, organização e tipo de aplicação construída. É fato que nem sempre teremos todos os recursos disponíveis para executar nossos projetos e insuficiência de tempo, investimento, equipe, e recursos técnicos sempre existirão.

Porém, não deixe que tais fatores atrapalhem a qualidade dos produtos gerados. Comece pelo básico, use o que tem a seu dispor, crie estratégias para que os procedimentos de QA sejam executados de forma otimizada e que tragam os resultados esperados, de acordo com as restrições existentes.

Testes automatizados, por exemplo, são primordiais em contextos de recursos enxutos, haja vista que geram produtividade e agilidade na execução de testes. Ademais, testes automáticos podem ser incorporados a um ambiente de integração contínua onde um servidor faz o checkout do código fonte e executa automaticamente tais validações, proporcionando ainda mais agilidade.

Teste é um estágio fundamental na construção de sistemas de qualidade, sendo imprescindível para o desenvolvimento de softwares mais estáveis e menos propensos a falhas.

Por esse motivo, não deixei que as “limitações” citadas neste artigo atrapalhem as iniciativas da sua empresa referentes a qualidade de software e que projetos deste tipo sejam abandonados.

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