Para desenvolver produtos de software com qualidade, é fundamental que haja um planejamento e acompanhamento contínuo da execução dos testes ao longo de todo o projeto. A qualidade está fortemente ligada à confiabilidade, estabilidade e desempenho da aplicação, sendo a quantidade de defeitos identificados, uma métrica importante para medir a efetividade dessa prática. Nesse sentido, um processo de teste pode ser considerado eficaz se atinge o objetivo de encontrar defeitos e eficiente se o faz com a menor quantidade de recursos possível.

A forma mais corriqueira de saber se os testes estão sendo efetivos é por meio da quantidade e do tipo dos defeitos encontrados. Logo, com testes adequados, é possível apontar os problemas que precisam ser corrigidos, assim como se o produto está apto para ser liberado à produção. Os tipos de defeitos revelados pelos testes variam de um simples erro de código, passando por inconsistências na base de dados, falhas graves de regras de negócio e problemas de interface.

Em vista disso, não testar software de forma adequada pode trazer uma série de complicações graves, tanto para a empresa desenvolvedora quanto para os usuários finais. Acompanhe a seguir algumas delas:

1. Defeitos não detectados

Com a ausência de testes, erros e falhas tendem a não ser encontrados durante o processo de desenvolvimento. Isso pode resultar em problemas sérios no sistema e até mesmo interromper sua operação. Assim sendo, quando não há uma equipe de QA dedicada os desenvolvedores podem acabar assumindo responsabilidades de testes e ficarem sobrecarregados. Isso diminui o foco no desenvolvimento de novas funcionalidades e aumenta a probabilidade de falhas sendo ignoradas ou não identificadas previamente.

2. Usabilidade prejudicada

Se a aplicação não for testada o usuário final pode encontrar erros que afetam a usabilidade e seu desempenho. Isso gera insatisfação, redução da confiança no produto e até desistência de utilizá-lo, além de afetar a reputação da empresa e a credibilidade da marca, impactando o sucesso do produto no mercado.

3. Aumento nos custos de correção

Detectar e corrigir defeitos tardiamente pode ser muito mais caro e complexo do que se fossem detectados preventivamente. Além disso, as correções podem exigir retrabalho desnecessário e impactar o cronograma e o orçamento do projeto. Isto é, quando os erros só são detectados após o lançamento, o custo de correção tende a ser muito maior.

4. Entrega do software com desconfiança

A inexistência de testes especialmente regressivos afeta a confiança na entrega dos produtos, visto que as alterações realizadas geram problemas em outras partes do sistema. Uma equipe de QA desempenha um papel essencial na prevenção desse cenário, garantindo maior qualidade e estabilidade ao produto.

5. Atividades de testes ineficazes

Sem uma equipe de QA dedicada e especializada é muito mais difícil identificar e corrigir erros durante o processo de desenvolvimento. Em outras palavras, equipes de QA são preparadas para testar diferentes cenários, incluindo aqueles mais complexos ou extremos, que os desenvolvedores podem não antecipar.

6. Baixa qualidade do produto

A qualidade do produto pode ser comprometida sem uma abordagem sistemática de testes voltada para verificar a conformidade com os requisitos e garantir que o software esteja funcionando corretamente em diferentes cenários. Software com baixa qualidade tende a ser mais propenso a falhas, inconsistências e comportamentos incorretos.

7. Ausência de testes planejados

Sem um plano de testes bem elaborado, Corre-se o risco de omitir a validação de cenários importantes. Isso significa que alguns casos de uso, funcionalidade ou requisitos podem não ser averiguados adequadamente, aumentando a chance de ocorrência de falhas em partes críticas do sistema. Portanto, o plano de testes serve principalmente para estruturar e sistematizar os procedimentos a serem executados. Sem este artefato, fica mais difícil garantir que todas as funcionalidades do sistema sejam testadas e que estejam funcionando corretamente.

8. Ausência de testes automatizados

Sem testes automatizados, todos os testes precisam ser feitos manualmente, o que demanda mais tempo e necessita de mais recursos humanos. Testes manuais, por vezes, são demorados, especialmente em projetos complexos, podendo se tornarem repetitivos e cansativos, aspecto este que pode ser minimizado com automação.

9. Falta de cultura de Qualidade

Sem uma cultura de qualidade não há ênfase nos testes, número de defeitos e demais inconsistências que possam ocorrer. Isso impede que a empresa tenha uma visão acerca do processo de construção, dificultando a melhoria contínua do produto. A mudança para uma cultura de qualidade começa com a conscientização da importância desta área e segue com a implementação de práticas e ferramentas adequadas que envolvem toda a equipe e gestores.

10. Baixa eficiência operacional

A baixa eficiência operacional da área de QA é causada geralmente por uma combinação de fatores relacionados a processos, ferramentas e equipe. Para melhorar a eficiência, é fundamental investir em automação de testes, garantir que a equipe de qualidade tenha acesso a ferramentas e treinamentos adequados e, se necessário, contar com uma consultoria especializada, como a que oferecemos aqui na Testing Company.

11. Inexistência de métricas

Sem métricas, fica complicado medir a qualidade real da aplicação. As métricas ajudam a identificar se o software está atendendo aos critérios de qualidade estabelecidos (número de bugs, testes executados, cobertura de testes etc.). Sem esses dados, a qualidade do produto pode se tornar subjetiva e de difícil mensurar.

Como vimos, a ausência de um processo de testes acarreta problemas significativos de qualidade, aumento de custos, atrasos no desenvolvimento e uma experiência do usuário insatisfatória. Para garantir que as aplicações sejam entregues com eficiência e alta qualidade, é primordial ter uma equipe dedicada a garantir a qualidade durante todo o ciclo de desenvolvimento.

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